terça-feira, 16 de agosto de 2011

O mito Chaves

El Chavo del Ocho (no Brasil: Chaves), mais conhecido como El Chavo, é uma série de televisão humorística mexicana criada e estrelada por Roberto Gómez Bolaños. A série tem suas origens em 20 de junho de 1970, onde apareceu como um esquete do Programa Chespirito, produzido pela Televisión Independiente de México e transmitido no canal 8 do México. Em 1972, o canal transformou-se na Televisa e El Chavo se tornou uma série semanal com duração de meia hora. O programa foi cancelado em 1980, mas ainda foram produzidos curtas para o programa Chespirito até 1992. O enredo gira em torno das aventuras e atribulações de Chaves, um órfão humilde, e dos outros moradores de uma vila suburbana fictícia.




No seu auge de popularidade durante meados da década de 1970, El Chavo, tendo 350 milhões de telespectadores em todo o mundo, foi o show mais assistido da televisão mexicana. A frequente ocorrência de expressões idiomáticas mexicanas tornou El Chavo muito difícil de traduzir para outras línguas, exceto para o português, que é muito similar ao espanhol. A música-tema da série foi "The Elephant Never Forgets", versão lúdica da Marcha Turca, de Beethoven, composta em 1967 por Jean-Jacques Perrey e Gershon Kingsley, que são pioneiros no campo da música eletrônica.


El Chavo alcançou grandes índices de popularidade em toda a América Hispânica, bem como na Espanha, Brasil, Estados Unidos, entre outros países. No Brasil, a série ainda é muito popular e tem desenvolvido um grande seguimento cult pela Geração Y.

Sinopse

A série conta a história de um garoto órfão e muito humilde, que é conhecido simplesmente como "El Chavo" (no Brasil, "Chaves"). O garoto vive na periferia de uma grande cidade, e seu "esconderijo" é um barril localizado no pátio principal da vila de classe média baixa onde reside. Lá, ele deve conviver com os particulares moradores e vizinhos, com os quais sempre está envolvido em divertidas situações. A sitcom tem crítica social e mostra em forma de comédia a convivência com os vizinhos, satirizando atitudes dos seres-humanos com piadas rápidas e inteligentes durante cada episódio. Segundo o criador, produtor e intérprete da série (Roberto Gómez Bolaños), no livro O Diário do Chaves (lançado em 2006), o garoto havia fugido de um orfanato do qual a mãe o havia deixado bem pequeno, já que lá não se sentia feliz. Foi então que encontrou uma "vila", e uma senhora sozinha, muito idosa, o abrigou no apartamento número 8, junto a ela. Mas logo ela faleceu e Chaves teve que ser despejado, passando a viver então dentro do Barril. Mas para todos, continuava dizendo que morava no apartamento 8. Somente com o lançamento desse livro foi revelado este "enígma" da série.


Origens 

O programa começou em 1970, e a idéia surgiu em 1969, depois que seu protagonista, El Chavo (Chaves), apareceu junto com outra personagem, a Chiquinha, em um curta-metragem durante outro programa de televisão popular no México "Los Super Genios de la Mesa Cuadrada; de sua própria autoria, na "Televisión Independiente de México"". Este programa marcou a estréia de Chespirito como ator. Com roteiros escritos por ele próprio, era um telejornal em que notícias reais eram lidas e depois debatidas e satirizadas pelos personagens. Faziam parte do elenco: Rubén Aguirre, Maria Antonieta de Las Nieves e Ramón Valdéz. O professor Jirafales inclusive, é um personagem criado anteriormente à série Chaves; ele já aparecia neste programa, assim como o Dr. Chapatin.




A princípio se dirigia a um público maduro, mas se mostrou extremamente bem-sucedido entre as crianças mexicanas, e então decidiu-se "redirecionar" o programa para o público em geral, sem restrições. O nome "El Chavo del Ocho" é uma referência à emissora de TV que o produzia originalmente que era no Canal 8. Depois, a emissora se uniu a uma outra formando a Televisa, e o "8" passou a ser a suposta casa do Chaves, o que cria o mistério da série, já que não se sabe onde ele realmente mora.

Roberto Gómez Bolaños, o Chespirito, foi o criador principal e a estrela do programa. Chamou Florinda Meza García para atuar no seriado, a Dona Florinda; Chespirito e Florinda Meza Garcia iniciaram um relacionamento em 1978 (que dura até hoje). Chespirito contratou Ramón Valdés porque o havia conhecido há muitos anos; Ramon Valdés, irmão de Tin-Tan e tio de Cristian Castro, havia feito vários filmes que viu. . Carlos Villagrán era somente um fotógrafo amigo de Rubén Aguirre e foi a uma festa feita por ele. Carlos Villagrán deu um passo para a comédia ao inflar suas bochechas além do normal, e Rubén Aguirre contou a Roberto Gómez Bolaños sobre o talento oculto de seu amigo. Carlos Villagrán foi contratado rapidamente para o programa. María Antonieta de Las Nieves era uma atriz que só havia usado a voz para dublagens e anúncios da Televisa. Ao ouvir sua voz, Roberto Gómez Bolaños pensou que era perfeita para o programa. Os últimos a unirem-se ao programa foram Angelines Fernández, uma antiga atriz de telenovelas, e Horácio Gómez Bolaños, o irmão de Chespirito, que nunca antes havia considerado a atuação; originalmente só ia supervisionar o programa.




Na américa Latina a música-tema programa alcançou fama notória, bem depois de ter sido modificado por Jean-Jacques Perrey.



O programa foi tão popular em outras partes da América Latina e entre as pessoas que falavam espanhol nos Estados Unidos, que em países como Peru, outros programas onde apareciam os atores de Chaves começaram a ser transmitidos. Na Argentina, Rubén Aguirre fez muito sucesso interpretando seu personagem em um circo(veja o circo na foto abaixo), e em Porto Rico, muitas das frases de Chaves se converteram em parte do diálogo cotidiano. Nos Estados Unidos, o programa ainda é transmitido pela Galavisión.



Resumo

A série, de 1970 á 1971 tinha apena míseros 20 minutos, mas em 1972 virou um programa de meia hora, no canal 8. Esta foi a primeira temporada. Os primeiros programas foram compostos de um sketch no início, com Dr. Chapatin, El Chómpiras, ou um dos outros personagens de Chespirito, e dois curtos episódios do personagem principal. Abaixo, fotos de Dr. Chapatin e Chompiras (acompanhado de Chimoltrufia, interpretada por Florinda Meza).

                                                   

No final da segunda temporada, Maria Antonieta de las Nieves deixou o programa para cuidar seu bebê recém-nascido (vejam aliás como na foto abaixo, Maria Antonieta está sentada com a mão posicionada sobre a barriga que está nitidamente avantajada). Durante os episódios da temporada de 1973, incluindo os que provavelmente foram filmados em 1972, observou-se em De Las Nieves geralmente atuava os papéis femininos e foi a primeira atriz creditada após Chespirito. Com sua ausência, Florinda Meza assumiu o papel feminino nos esquetes, e Chaves e Quico passaram a ser um grande par cômico.


A temporada de 1974 começou com Chaves e Quico como personagens infantis, incluindo Don Ramón (Seu Madruga) como o personagem adulto carismático. 


Durante essa época, as cenas na sala de aula começaram a aparecer, juntamente com outros personagens infantis como o Ñoño (o filho do Sr. Barriga, aportuguesado como Nhonho) e o descontraído Godinez (personificado por Horacio Gómez Bolaños, irmão de Chespirito). Abaixo, Roberto Bolaños e Horácio "à paisana". xD


De las Nieves que havia saído no passado, voltou para a série em 1975. Depois de Valdés e Villagrán deixarem a série, ela foi teve o maior faturamento superior após Chespirito novamente. Agora com uma hora de duração, no programa "Chespirito", De las Nieves era freqüentemente dada em terceiro lugar em faturamento atrás de Chespirito e Florinda Meza se interpretasse outro personagem além de Chiquinha, caso contrário, ela sempre tinha crédito final especial.

Quando Carlos Villagrán deixou o programa, foi explicado que Quico tinha ido morar com sua madrinha. "Ele não agüentava mais a gentalha", Dona Florinda explicou. Pouco tempo depois, Ramón Valdés também deixou a série, Chiquinha explicou que Don Ramón (Seu Madruga) saiu do país para procurar emprego no estrangeiro, e ele não voltaria até que ele ficasse milionário. Com isso, Chespirito achou melhor em 1980 acabar com o Semanal, para fazer um programa onde a presença dos dois personagens não pesasse tanto.

A partir de 1980, "Chespirito" foi ao ar novamente, com Chaves, Chapolin e algumas reformas. A estréia de Chaves neste novo programa teve riqueza em novos episódios produzidos. Além disso, em 1981, Valdés voltou para o elenco, depois de estrelar em alguns programas ao lado de Villagrán. No entanto, ele deixou novamente no final do ano. Abaixo, Chaves e Chapolin dividindo uma cena.


No final dos anos 1980 e início de 1990, o número de novos episódios começaram a diminuir, e uma vez mais, muitos dos primeiros episódios foram refeitos. Além disso, como Chespirito envelhecia, ele deixou de ser considerado apto para desempenhar o papel de um garoto de 8 anos de idade. Como resultado, a produção de Chaves foi interrompida em 1992, três anos antes do cancelamento de "Chespirito". Abaixo, Roberto já um tanto fora de forma e envelhecido para o papel.


Série recordista

Detentora do recorde de tempo no ar desde a sua criação, que soma mais de três décadas, é reprisada exaustivamente em vários canais da América Latina e conta com uma legião fiel de fãs que, graças ao caráter familiar do seriado, vão do tele-espectador médio, que se diverte só com as cenas de queda e bolo na cara, à audiência cult, apreciadora dos diálogos e que cresceu assistindo ao programa. Um dos traços mais marcantes na série inteira é o fato dos personagens, incluindo os infantis, serem representados por adultos.





No Brasil 

No Brasil, a história do seriado começa com o nascimento da TVS, que depois viria a se chamar Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), a emissora de Sílvio Santos. Sem muitos recursos na época para preencher a grade de horários, Sílvio optou pela parceria com a televisão mexicana. Importar atrações como telenovelas, séries e filmes do México era barato e trazia bons resultados. Eis que chegava um lote de novelas da Televisa que foram dubladas pela Maga, em parceria com o SBT. Todo o lote foi dublado, e Chaves, então desconhecido, veio junto, num lote de aproximadamente oitenta episódios, que foram dublados e apresentados ao dono do SBT. A atração tinha reprovação dos homens de confiança de Sílvio. Contudo, ele contrariou sua equipe e exibiu o seriado como teste no programa do palhaço Bozo, em 1984, alternando com o seriado Chapolin Colorado. Abaixo, Silvio Santos e o palhaço Bozo juntos, e os logos do SBT desde a época da TVS.



A série se tornou um sucesso, tendo por vezes a maior audiência do SBT segundo o IBOPE, conseguindo vencer por várias vezes a Rede Globo. A partir de 1988 começou a ser exibido em horário nobre. Seu maior pico de audiência foi de 36 pontos, em 1990.

Um dos principais fatores do sucesso de "Chaves" e "Chapolin" no Brasil, foi a excelente dublagem feita pelo estúdio Maga. As vozes dos atores escolhidos para dublar os personagens ficaram perfeitas, já que é comum a perda de um pouco da comidicidade original durante este processo.

    
Marcelo Gastaldi era o dublador oficial de Chavez e Chapolin e demais personagens interpretador por Chespirito. Faleceu em agosto de 1995 devido a uma baixa em seu sistema imunológico, causada pelo agravamento de sua diabetes. 

Cecília Lemes é a dubladora da Chiquinha na maioria dos episódios do SBT.  Dublou também a Patty e a Malicha (Malu) em um episódio perdido. A primeira versão do "Caçando lagartixas".


Emprestou a voz ao bochechudo nas séries Chaves, Kiko menino do jornal, Kiko Maleta, Frederrico, Chespirito e Chapolin.  

 Martha dublou todas as personagens interpretadas por Florinda Meza, tando em Chaves como em Chapolin e no desenho animado recentemente. Também foi convidada a dublar os dvds da Amazona Filmes.

Dublou Seu Madruga em todas as suas aparições. É conhecido também por dublar filmes e por suas aparições em novelas e programas da Rede Globo.


Dublador dos personagens interpretados por Edgar Vívar, Mário chegou a encontrar o Sr. Barriga original em 2003, no programa "Falando Francamente". Faleceu em dezembro de 2005, quando estava iniciando as dublagens dos dvds.

Dublou o mestre Linguiça, substituindo Potiguara Lopes, dublados original  e diretor das dublagens que por falta de tempo não pôde prosseguir no trabalho. Também dá voz ao personagem no desenho animadop e nos dvds.

Lia Kalme é o nome verdadeiro da dubladora conhecida como Helena Samara. Dublou a Dona Clotildes em Chaves, nos dvds e na primeira temporada do desenho animado. Infelizmente faleceu em 2007.


Abaixo, um vídeo com todos os dubladores do seriado:



A partir de 2006, as emissoras de televisão Ulbra TV e TV Litoral tembém começaram a exibir as séries, o que causou uma enorme polêmica entre os fãs. A primeira é que o SBT é a emissora que tem o direito de transmissão no Brasil e só uma emissora de TV aberta pode exibir as séries, e se o SBT tem o contrato, é impossível outra emissora aberta ter até o momento. Outra polêmica é da dublagem, foi utilizada a dos DVDs da Amazonas Filmes, o que gera 2 crimes: Primeiro, reprodução de material gravado, pois as fitas tinham de ser compradas da Televisa, não de DVDs, e segundo, utilizar uma dublagem sem permissão dos estúdios Gábia, que dublou para a Amazonas Filmes.




Em novembro de 2010 o seriado passou a ser exibido, também, no canal Cartoon Network, quebrando uma exclusividade de 26 anos que o SBT possuia sobre a exibição do programa em cadeia nacional, só que o Cartoon Network é um canal fechado. A dublagem clássica foi mantida, passando-se a exibir as aberturas e os créditos originais, bem como as esquetes que acompanhavam o programa. Surpreendeu também pela exibição de episódios há muito tempo "esquecidos" pelo SBT, tais como "A pichorra", "Jogando bola","O Radinho de Quico" e "As apostas".

Reprises 

Desde sua chegada ao Brasil em 1984, o seriado vinha sendo reprisado, até que episódios novos apareceram em 1988. E posteriormente, em 1990 e 1992, os últimos lotes de episódios foram comprados pelo SBT. Alguns desses episódios foram exibidos apenas uma vez nessa época e/ou deixaram de ser exibidos, não voltando até os dias atuais, e são chamados de episódios perdidos. Discute-se muito no que se refere às fitas terem se perdido ou reutilizadas. Existem duas teorias principais para explicar esse fato:

A primeira é que, quando os episódios chegaram ao Brasil, vinham aos pedaços, obrigando a equipe de dubladores e editores que prepararam a série para o Brasil a montar todos os episódios. Ao final das montagens, sobravam partes de episódios e, inclusive, vinhetas de propagandas, que foram também dubladas. Foram exibidas em alguns especiais do SBT, dando a impressão de que a emissora possui esses episódios. Este detalhe também explica porque episódios como "O festival da boa vizinhança", "A venda da vila" e "Um astro cai na vila" que ainda podem ser assistidos, estão incompletos, faltando para os dois primeiros a última parte, e para o último, a primeira parte. Também é considerável o episódio "O cãozinho do Quico", composto de três partes, teve sua dublagem inicial substituída por outra, em que a terceira parte já não era mais anunciada. Entretanto, em 2007, o SBT exibiu essa terceira parte, perdida desde 1988, mas lançada em DVD pela Imagem Filmes com dublagem original e exibido de modo aparentemente ilegal pela Ulbra TV.




A segunda explicação é mais hipotética: quando o programa foi produzido no México, foi usada uma tecnologia de edição muito antiga: efeitos de sobreposição de imagens primitivo, áudio separado em cartucho e filme de baixa qualidade. Alguns episódios que deixaram de ser exibidos, devem ter tido problemas, como defeito no cartucho de áudio da dublagem (para isso, alguns episódios tiveram de ser redublados), ou mesmo danificações no filme (em alguns, a imagem danificada é substituída por outra do mesmo episódio, ou, muito raramente, de outros).


Novas temporadas de Chaves seriam adquiridas pelo SBT mais adiante. No entanto, não obtiveram o mesmo sucesso das primeiras. Uma das prováveis teorias para o fato diz que a causa está relacionada aos dubladores antigos do seriado. O dublador do personagem Chaves, Marcelo Gastaldi, faleceu em 1995. Ele, junto ao dublador de Quico, Nelson Machado, seriam responsáveis parciais pelo sucesso do seriado mexicano no Brasil, pois, como tradutores do seriado, buscaram sempre preservar o sentido e o humor das piadas originais. Além disso, de maneira original, teriam conseguido traduzir com fidelidade a maior parte das músicas compostas por Chespirito. Também transformaram a História do México em História do Brasil nos episódios de escola.


O programa chegou a ser retirado da programação do SBT no ano de 2003 após 19 anos no ar, mas em apenas um mês logo voltou, devido em parte ao grande número de fãs, e com uma novidade: o retorno de alguns episódios não exibidos desde 1992.

Em 2003, Chaves foi vendido em VHS e a revista TV y Novelas começou a oferecê-los como parte de seus pacotes de assinatura. Em 2005 foi lançado pela Imagem Filmes o DVD O Melhor do Chaves, que contou com cinco episódios com a dublagem original da Maga. No mesmo ano, a distribuidora Amazonas Filmes lançou o primeiro de uma série de boxes de DVDs. São três DVDs por caixa, sendo sempre um para Chaves, outro para Chapolin e mais um para Chespirito. Os episódios, em sua maioria inéditos, foram dublados pelo Estúdio Gábia e contou com o apoio do Fã-Clube Chespirito Brasil na adaptação dos textos. Até o momento, oito boxes de CH e um de Kiko já foram lançados.








Recentemente, dentro do Especial de 30 anos do SBT, Patrícia Abravanel, filha do homem do baú, gravou uma busca nos arquivos da emissora pelos lendários episódios perdidos. E eis que encontrou! Desde o início de agosto o SBT vem exibindo vários episódios perdidos. Veja o especial SBT 30 anos completo abaixo:





                                                                                                


  
Batalhas Judiciais


Chespirito estabeleceu batalhas legais com os antigos atores de Chaves para evitar que usem os personagens do programa sem o seu consentimento. Essa é uma das razões pelas quais Villagrán utiliza o nome "Kiko", já que Chespirito tem direitos autorais apenas por "Quico". Também já usou o nome de Frederico, em um seriado solo.


Em 2002, Bolaños tentou mover uma ação judicial contra a atriz María Antonieta de las Nieves, pedindo o cancelamento da licença que a atriz tinha para fazer uso da imagem da personagem Chiquinha. A atriz, após o fim do programa, ainda encarnava a personagem no circo e no teatro. Quando a atriz recebeu a ação das mãos do oficial de Justiça, tomou um susto tão grande que teve um princípio de infarto e foi internada às pressas.

Depois que teve alta, Maria Antonieta entrou com um recurso e ganhou a causa, e continua fazendo uso da imagem de sua personagem. No entanto, esse incidente acabou afetando sua relação com Bolaños, pois ela nunca o perdoou por isso, e nunca mais os dois se falaram. Isso explica a ausência da personagem Chiquinha (Chilindrina) na versão animada do seriado.

Curiosidades

- O nome original de Chaves em espanhol é "El Chavo". A palavra "chavo" é uma gíria que, no México, significa "menino", "garoto" ou "moleque". Também pode ser usada no feminino, como "chava", para se referir a uma menina. Mas como no Brasil esse termo não existia, e o nome "Chavo" soaria estranho na dublagem em português, o personagem ganhou o nome de "Chaves" na dublagem brasileira, por ser um sobrenome bastante comum. Na série original os moradores da vila sempre chamam o Chaves de "el Chavo" e nunca dizem o verdadeiro nome. Por isso, em várias cenas, quando o Quico ou a Chiquinha perguntam qual é o nome do Chaves, a resposta dele sempre é interrompida por outra pessoa que aparece falando ao mesmo tempo. Na dublagem em português, essas cenas perdem um pouco do sentido, devido à existência do nome do Chaves. Na canção "Que Bonita Vecindad" (mais tarde traduzida como "Que Bonita Sua Roupa") tem um verso em que o Chaves faz suspense quando vai dizer o seu nome, mas acaba não dizendo: "Mi nombre es… el Chavo / Toda mi ropa es un autentico remiendo". O verso foi adaptado como "Eu sou o famoso Chaves / Todos dizem que minha roupa é remendada".

- O seriado também foi dublado em italiano, sob o nome "Il Cecco della Botte" (literalmente, "O Chaves do Barril"). O nome das personagens eram: Cecco (Chaves), Chicco (Quico), Signore Bartolomeo (Seu Madruga), Florinda (Dona Florinda), Chiquirita (Chiquinha), Prof. Cacciapalle (Professor Girafales) e La Strega del 71 (Bruxa do 71).




- Em 1991, a Editora Globo publicou mais de 56 gibis do Chaves. Porém, alguns personagens apareceram diferentes: Nhonho ficou loiro (no seriado o cabelo era preto), a roupa de Dona Clotilde ficou roxa em vez de azul, e o terno preto do Quico passou a ser azul. Pópis, por sua vez, parece ser confundida com Patty. Apesar de no gibi a sobrinha de Glória ter características da sobrinha de Dona Florinda (como o vestido rosa, a boneca Serafina e o seu próprio nome), Pópis tinha o cabelo parecido com o de Patty no seriado (porém loiro). Assim como Paty no seriado, Pópis nos gibis chamava muito pela tia quando era incomodada, em vez de dizer "Conta tudo pra sua mãe". Também nos gibis, tanto o Chaves quanto o Quico se mostravam apaixonados por ela em algumas histórias.

 

- No episódio "A Casa da Bruxa do 71" , Satanás é um gato ao invés de um cachorro.

O carro de Seu Barriga, que aparece em alguns episódios, é uma Volkswagen Brasília, modelo de fabricação brasileira mas que também foi fabricado no México.

No episódio "Vamos ao cinema?", uma das frases mais clássicas do seriado é dita por Chaves: "Seria melhor ter ido ver o Pelé". No original, o filme que vão assistir é ''El Chanfle'', estrelado pelo elenco do seriado e que fala justamente de futebol.


Em 1978, foram rodados os últimos episódios em que o Quico aparece. O último episódio que Carlos Villagrán gravou como Quico foi "Aula de primeiros socorros". A saga de Acapulco, gravada em 1977, só foi exibida em 1979. Os episódios de Acapulco foram os últimos episódios exibidos no México, com a presença do Quico. Com a canção "Boa Noite Vizinhança", tocada no último episódio de Acapulco, Quico se despediu da série. A canção não é uma espécie de homenagem de Chespirito a Villagrán, ao contrário do que muitos pensam.



Tangamandápio, o local onde o carteiro Jaiminho nasceu, existe de verdade e é uma pequena cidade mexicana localizada no noroeste do estado de Michoacán.


Seu Madruga, apesar de estar sempre desempregado, já desempenhou as mais diferentes profissões: vendedor de churros, vendedor de balões, entregador de lenha, treinador de futebol americano, fotógrafo, carpinteiro, leiteiro, professor, pintor, sapateiro, barbeiro, mecânico, lutador de boxe, vendedor de artigos usados ("velho do saco"), empresário artístico, jornaleiro, cabeleireiro e mestre de obras.















No episódio "Seu Madruga Leiteiro", Quico brinca com uma nave de astronauta que Chaves a confunde com uma garrafa de leite. Trata-se de um brinquedo da nave soviética Vostok I, tripulada por Yuri Gagarin, primeiro homem a ir ao espaço, em 1961.


Vai um copinho de leite de burrra aê?

No começo da série, Roberto Gomez Bolaños teve que economizar dinheiro para montar o cenário, pois a Televisa não bancava nada. Por isso o cenário era todo feito de papelão e isopor.

Em um episódio, Seu Madruga faz referência a uma convenção de bruxas na cidade colombiana de Bogotá, perguntando se a Dona Clotilde não havia voltado de lá. Esta convenção existiu realmente: ocorreu em 1977. A escritora brasileira Clarice Lispector participou do evento como convidada.





O ex-jogador Hugo Sánchez (maior ídolo do futebol mexicano) foi apelidado pela torcida de "El Chavo Del 9", em referência a série de TV. Sánchez participou das copas de 1978 na Argentina, de 1986 no México e de 1994, nos Estados Unidos.

O personagem Héctor Bonilla é representado por ele mesmo. Ele é um ator mexicano, de grande prestígio e sucesso por lá. Apareceu na vila no episódio "Um Astro Cai Na Vila", em que todas as mulheres (Chiquinha, Dona Clotilde e até Dona Florinda) ficaram encantadas por ele. O episódio tem duas partes, mas a primeira jamais foi exibida no Brasil.



Acima, Hector em foto recente. Pois é, se você é jovem ainda, amanhã velho será! xD

Quanto à passagem para o segundo pátio, situada entre as casas da Bruxa do 71 e do Seu Madruga, há duas diferenças. Em alguns episódios (como "O Belo Adormecido"), quando a câmera direciona o outro pátio, a passagem é direta. Em outros (como "A Galinha da Vizinha é Mais Gorda do Que a Minha"), há a janela do quarto da Chiquinha, fazendo com que os personagens andassem mais para chegar a este pátio.

No episódio Vamos ao Cinema, Dona Florinda diz que o Quico vai morar com a madrinha rica dele. Esta desculpa foi inventada por ela, porque Carlos Villagrán já estava fora do seriado em 1979 (ano em que foi gravado o episódio).




Em 1988, Ramón Valdés morreu. Entretanto, ao contrário do que muitos acreditam, esta não foi a causa da saída de Seu Madruga da série. Ele saiu em 1979 e voltou no Programa Chespirito em 1981, fazendo poucos episódios antes de sua saída definitiva. Uns dizem que o motivo da saída de Seu Madruga foram problemas de saúde. Outros alegam que ele seguiu Carlos Villagrán, participando do programa "Ah, que Kiko!". Em resposta à saída de Ramón, Bolaños deu mais notoriedade a personagens secundários como: Dona Neves (convertida em personagem permanente para tapar a lacuna deixada por Quico e Seu Madruga, interpretada por Maria Antonieta), Jaiminho (criado para o mesmo propósito), Nhonho (interpretado por Edgar Vivar, o mesmo intérprete do Seu Barriga) e Pópis (Interpretada por Florinda Meza).







Um dos maiores erros da numeração das casas da vila foi a inversão de números. Normalmente, os números das casas são: 14 (Dona Florinda), 71 (Bruxa do 71, obviamente) e 72 (Seu Madruga). Em alguns episódios, como "O Dia de São Valentim" e "Vamos Ao Cinema?", o número da casa de Dona Florinda era 24, e em outros episódios chegou a ser 42. Quanto à Bruxa do 71: o número de sua casa já foi 73 e também 14 (apenas por uma cena). Finalmente, a casa de Seu Madruga chegou a ter o número 14, no episódio que o Chaves foi mordido por um cachorro. Em um episódio, era o primeiro da série, Seu Madruga morava no 14. 

Os atores Florinda Meza, María Antonieta de Las Nieves, Edgar Vivar, Ricardo de Pascual e Abraham Stavans ganharam personagens duplos no seriado. María Antonieta interpretou Chiquinha e Dona Neves. Florinda interpretou Dona Florinda e Pópis. Edgar interpretou Seu Barriga e Nhonho. Ricardo interpretou Senhor Furtado e Senhor Carequinha/Senhor Calvillo e o Garçom do Restaurante, e Abraham Stavans interpretou o Freguês do Restaurante e o Dono do Parque. Nota: Ricardo de Pascual e Abraham Stavans não precisavam fazer trabalhos duplicados como María Antonieta, Florinda e Edgar.



Uma das versões da Patty, que rivaliza com Chiquinha, foi vivida por Veronica Fernandez (Nome artístico Paty Strevel), filha de María Antonieta de las Nieves foi num episódio especial do programa Chespirito de 80minutos de 1987. 


A versão mais conhecida no Brasil da Paty foi vivida por Ana Lilian de La Macorra. Ana trabalhava como assistente na produção dos programas Chaves e Chapolin, até que a partir de 1978 começou a interpretar o papel de Paty em vários episódios da série.


Com a "partida" de Seu Madruga, Dona Florinda passou a ser uma mulher mais calma. Ainda assim, quando estava irritada, ela descontava nas crianças da vila.







Os episódios da Cruz Vermelha, do Quico doente, da chegada de Dona Neves e do protesto tiveram os menores elencos: 4 atores.




O último episódio do restaurante, foi gravado em 1990. Da vila em 1991.



Carlos Villagrán também interpretou Frederico, o pai de Quico. No episódio "O Despejo do Seu Madruga", em que Dona Florinda olha as fotografias, acontece um flashback em que Frederico se despede de Florinda. Percebe-se que Quico herdou os mesmos trejeitos do pai, inclusive o "cale-se, cale-se, cale-se, você me deixa louco!".

Carlos Villagrán também interpretou Frederico, o pai de Quico. No episódio "O Despejo do Seu Madruga", em que Dona Florinda olha as fotografias, acontece um flashback em que Frederico se despede de Florinda. Percebe-se que Quico herdou os mesmos trejeitos do pai, inclusive o "cale-se, cale-se, cale-se, você me deixa louco!". Neste episódio, ele também interpreta Quico quando bebê dentro do berço. Sem dúvida uma das cenas mais antológicas.


No episódio O dia das crianças, no início da música, Chaves cita o Mickey Mouse da Disney. Chaves usa até as orelhinhas do ratinho no clipe. Há também outra referência ao Mickey no seriado. Em alguns episódios, a bola do Quico tem um desenho do Mickey.

Mesmo levando cascudos do Seu Madruga, Chaves demonstra afeição especial por ele. Isso faz com que Chaves, carente de uma figura paterna, veja em Seu Madruga uma forma de corresponder este sentimento. No episódio "O Aniversário de Seu Madruga", Chaves mostra esta afeição defendendo Seu Madruga de Chiquinha e Quico, pensando que os dois iriam matar o homem. Ao final do episódio, o engano é esclarecido: tratava-se de um frango que Chiquinha queria preparar para o aniversário do pai. Mesmo assim, Chaves persegue Chiquinha e Quico. Além desse episódio, em um outro, onde o Quico fazia aniversário e a festa era feita na casa dele mesmo, o Chaves pegava "escondido" (na verdade, na frente do Quico e Dona Florinda) pedaços de bolo e os guardava em seu bolso. A princípio se pensa que a comida é para ele, mas ao final do episódio, ele reparte o que pegou com o Seu Madruga à noite; ambos jantam juntos, dividindo comida e refrescos na ocasião.





No episódio "A Catapora da Chiquinha", Seu Barriga diz a Seu Madruga que vai examinar a Chiquinha, por ter sido médico. Na vida real, o ator Edgar Vivar era médico, antes de entrar para o seriado.




Maria Antonieta de Las Nieves, além de atriz, também é dubladora. No desenvolvimento do seriado, ela foi escolhida por Chespirito para fazer o papel de Chiquinha por sua belíssima voz. Ela era conhecida apenas pela voz em propagandas e vinhetas da Televisa.

Há uma abreviação do nome de Chiquinha. A abreviação é: Chilis, vem de Chilindrina, nome oficial da personagem em espanhol.

No primeiro episódio, a casa da Dona Clotilde tinha o número 5 em vez de 71.



As BGMs (músicas de fundo que tocam durante a série) do seriado são nada menos que composições famosas de instrumentistas norte-americanos como Pete Winslow, Tony Hymas e John Charles Fiddy e não estão presentes na versão original do programa. Quando a série chegou ao Brasil, a MAGA (atual Marshmallow), estúdio onde foi feita a dublagem da série, não recebeu a trilha original pronta, com as ME's e, em consequencia disso então, utilizou LPs antigos, até então engavetados, com gravações de vários artistas norte-americanos. Tal prática foi utilizada também na produção do programa no México; um dos temas de abertura da série foi The Elephants Never Forget, de autoria do compositor francês Jean Jacques Perrey.






Nas dublagens mais antigas, Chiquinha é chamada de Francisquinha, que é o diminutivo do seu nome, Francisca; e Seu Madruga era chamado de "Seu Ramon" referência a Don Ramon, nome original.

A música tema dos encontros do Professor Girafales e Dona Florinda é, originalmente, trilha sonora do filme "E o Vento Levou", e se chama "Tema de Tara".



A cozinha de Seu Madruga é mostrada na parte final do 2ª episódio dos Espíritos Zombeteiros.


Parte I:








Parte II:






A partir 4 de agosto de 2003, o seriado deixou de ser exibido diariamente chocando e surpreendendo o Brasil inteiro. Notícias foram divulgadas em todas as revistas sobre a saída do seriado após 19 anos ininterruptos de exibição. Chaves voltou à programação no dia 1º de setembro de 2003 após muitos apelos do Brasil inteiro, e com uma novidade: a volta dos episódios perdidos com a exibição de "Chifrinhos de Nozes". Até o dia 15 de setembro de 2003, a série Chaves exibiu em quase todos os dias episódios não apresentados desde 1992.




Tem quem deteste, mas é inegável que nosso querido Chavinho deixou pra sempre sua marca na história.



Até a próxima postagem.


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